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Cidades litorâneas também precisam de gols de placa em 2014

21/01/2013

Com cerca de quatro milhões de pessoas iniciando o ano de 2013 na Baixada Santista, é preciso ter um pouco de paciência na fila do pão ou da farmácia. O jeito é levar a coisa de bom humor. Porém, é constrangedor ler e ouvir notícias como “Praias amanhecem cobertas de lixo”, “Moradores são escoltados para evitar assaltos”, “Enchentes atormentam vida dos veranistas”, “Falta de água aflige turistas”, “Nas ruas ninguém respeita as leis do trânsito” e “Volta a São Paulo demora mais de 12 horas”.

 

Tais manchetes, que se repetem há décadas, levam-nos a um sentimento muito mais preocupante: a total falta de infraestrutura urbana nas cidades litorâneas.  Já é sabido por todos que o número de veranistas sobe ano a ano. Trata-se de fato inexorável, decorrente da proximidade do litoral paulista com sua Capital, São Paulo,  a maior cidade de America Latina, cuja região metropolitana tem mais de 19 milhões de habitantes. A questão é agravada por um fato muito positivo, mas que precisaria ser considerado: o aumento de renda da população brasileira nos últimos anos.

 

Assim, a ausência de notícias de planos anuais de investimentos públicos ou privados, em infraestrutura de logística, saneamento básico e de serviços é, no mínimo, preocupante.  Problemas como os que acabamos de citar há muito já deveriam ter sido solucionados.  Estradas deveriam estar sendo duplicadas, mas ao invés disso nos deparamos com a morosidade do Rodoanel paulistano, em obras há mais de 16 anos. Também há os entraves da lentidão de licenciamos ambientais, que atrasam obras importantes. É preciso, ainda, que sejam implantados sistemas de captação e tratamento de esgotos, farto abastecimento de água e programas de moradia digna.

 

Estado e municípios, estes com os novos prefeitos e vereadores empossados em 1º de janeiro, têm grande responsabilidade em eliminar de nossos veículos de comunicação, que cumprem seu dever de informar, noticias recorrentes como as das desventuras do verão. Não se trata de tarefa fácil, mas não insuperável, desde que os princípios do desenvolvimento sustentável sejam adotados. Ou seja, de que, em nosso litoral, haja crescimento econômico que agregue  bônus (empregos, renda e arrecadação fiscal) ao invés de ônus (ocupações irregulares, falta de saneamento e segurança).

 

Diante dos vigorosos números de adensamento populacional, planos estaduais e municipais de longo prazo (Master Plans) precisam ser feitos, priorizando-se questões econômicas, sociais e ambientais. Não podemos mais ficar tratando dos efeitos e correndo atrás do rabo. É preciso nos antecipar a esse futuro tão previsível, atacando suas causas,  com medidas urbano-ambientais eficazes, que atendam os habitantes dessas regiões de maneira digna. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, para a qual há toda uma obra de infraestrutura em curso, que os gols do planejamento urbano no litoral também sejam de placa.

 

*Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de Marketing da Sobloco Construtora S.A.

 




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