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Cidades novas para os novos velhos

26/08/2013

É necessário refletir sobre o fato de o número de pessoas da Terceira Idade estar aumentando mais rapidamente e acima do que qualquer outra faixa etária, conforme afirma o estudo Envelhecimento no Século XXI: Celebração e Desafio, lançado em 1º de outubro – Dia Internacional da Pessoa Idosa – pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a organização não governamental HelpAge International.

 

De modo muito lúcido, o relatório enfatiza que essa irreversível tendência impõe providências nas áreas da saúde, previdência, atividades quotidianas e relações intergeracionais. Talvez não em ritmo tão acelerado como o documento alerta, mas a verdade é que europeus, norte-americanos e japoneses já vivenciam o fenômeno há algum tempo. Até pouco tempo atrás, em especial antes da eclosão da crise econômica mundial, na qual ainda estão patinando, dizia-se que essas nações enriqueceram antes de envelhecer. Agora, contudo, muitas delas veem-se às voltas com a questão previdenciária. Esta, porém, é outra história…

 

O mais importante, para nós, brasileiros, é que nosso país consiga equacionar a questão no prazo de oito anos. Pelo menos é o que se pode inferir em outro conjunto de dados, compilado pela professora Regina Madalozzo, do instituto Insper: o auge do chamado bônus demográfico (quando os habitantes economicamente ativos tornam-se a maioria da população) deverá ocorrer por volta de 2020. Será esse o ano no qual a proporção de adultos alcançará 70,4% do total dos brasileiros. Depois disso, passaremos, paulatinamente, ao aumento mais acentuado da Terceira Idade em relação às demais faixas etárias.

 

Considerando que outro estudo — o inédito relatório do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) — indica que a taxa de urbanização no Brasil chegará a 90% em 2020, podemos concluir, com boa dose de segurança, que nas décadas pós-bônus demográfico nossas cidades precisarão estar preparadas para oferecer qualidade à vida dos idosos — e, obviamente, de todas as faixas etárias. No caso específico dos mais velhos, estamos falando de arranjos habitacionais para o envelhecimento, moradias assistidas, parques, equipamentos urbanos e transportes coletivos com a devida acessabilidade, hospitais e clínicas (públicos e privados) capazes de oferecer conforto e funcionalidade.

 

Tudo isso somente será viável se conseguirmos, através de um cuidadoso e eficaz planejamento, transformar as próprias cidades em polos concretos de criação de empregos, renda e desenvolvimento, consolidando a prosperidade de nossa sociedade. E, para termos sucesso nessa empreitada, precisamos vencer vários conhecidos empecilhos de nosso país. Só para citar alguns: melhorar a capacidade de ensino e, consequentemente, nossa produtividade; negligência em antever o futuro; tratarmos com mais realismo nossas legislações de uso e ocupação do solo, exageradamente restritivas, que dificultam planejar e mitigam nossas chances de enriquecer antes de envelhecer!

 

*Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora S.A.

 




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